Igreja de Santiago

Ano de Construção: Século XII

Características Gerais | Nota Histórica: Igreja de origem medieval, fundada no século XII, com alterações arquitectónicas durante o séc. XVIII. Da reedificação, em 1724, sob patrocínio do Infante D. António, irmão de D. João V, constam como elementos valorizadores a abóbada Manuelina sobre o Altar-Mor, algumas lápides sepulcrais e os azulejos do século XVIII.
O terramoto de 1755 destruiu, à semelhança do que aconteceu com parte do edificado do núcleo histórico Cacilhas / Almada, grande parte da Igreja (estima-se que tenha resistido apenas a capela-mor e parte das paredes laterais).
O interior, de uma só nave, encontra-se integralmente revestido a azulejos. A fachada ostenta ainda a Cruz de Santiago de Espada, ordem à qual pertencia.
Da igreja de Santiago sai, no dia 23 de Junho, a procissão de São João Baptista (padroeiro de Almada) em direcção à Ramalha, onde a imagem do santo fica até ao dia seguinte na capela de Santo Antão. No dia 24, regressa à Igreja trazendo uma coroa de frutos, associada à fertilidade agrícola da região.



CONCERTO

22 de Outubro de 2011  | 19.00 horas

Descuydado el ruiseñor (O incauto rouxinol) - Música nas Cortes de Bragança e Bourbón em Portugal e Espanha no século XVIII.

As Cortes das dinastias de Bragança e Bourbon (Portugal e Espanha) foram importantes centros de actividade musical do século XVIII. Este facto coincidiu com uma forte internacionalização do gosto musical, que resultou numa amálgama do emergente e cada vez mais influente estilo italiano, com elementos de estilo francês e com os resquícios de algumas características próprias do já decadente estilo ibérico.
Para além da vizinhança geográfica, a actividade musical destas duas cortes foi particularmente próxima, muito devido ao enlace matrimonial entre o príncipe espanhol Fernando de Bourbon, mais tarde, Fernando VI, e a princesa Maria Bárbara de Portugal.
É precisamente em torno da actividade musical vivida nestas duas cortes que é estruturado o programa deste concerto.
Pedro Bonet
Programa 
I
Alessandro Scarlatti (1659-1725)
Cantata “Augellin, vago e canoro”
     Aria, Recitativo, Aria, Recitativo, Aria


Jaume de la Tê y Sagau (h. 1680-1736)
Cantata “Qué diría Cupido” (Cantatas humanas a solo, Lisboa 1723)
     Preludio Affectuoso, Recitativo, Aria, Coplas, Recitativo, Aria


Domenico Scarlatti (1685-1757)
Gavota K 64
Giga-Menuet K 78


José de San Juan (1670 ?-1747)
Cantada humana de Eurotas y Diana

Francisco Javier de Nebra (1705-1741)
Partida amorosa “Descuidado ruyseñor”

II
Emanuel Rincón de Astorga (1680-1755?)
Cantata “Non è sol la lontanaza”
     A tempo giusto, Recitativo, Aria

Georg Friedrich Haendel (1685-1759)
Sonata a trío en fa mayor
     Allegro, Grave, Allegro

Giacomo Facco (1680-1753)
Balletto 2 en sol mayor
     Preludio, Allemanda, Corrente, Giga

Michel Pignolet de Montéclair (1667-1737)
Cantate “Europe” (Cantates a une et deux voix avec simfonie…, troisième livre, Paris 1706)
     (Ouverture), Recitatif, Air, Recitatif, Air, Recitatif, Air


Intérpretes
Grupo de música barroca La Folia: Belén Gonzáles Castaño (flautas de bisel) | Guillermo Martínez (violoncelo) |Laura Puerto (cravo)
Célia Alcedo: soprano
Direcção e flautas de bisel: Pedro Bonet